domingo, 27 de maio de 2007

Brasil Colonial

ADMINISTRAÇÃO COLONIAL
A coroa portuguesa reconheceu que não possuía recursos para administrar o Brasil devido à crise que enfrentava e estabelece o sistema de capitanias hereditárias, uma divisão de lotes do Brasil, doados para capitães donatários que ficariam responsáveis pelo controle e desenvolvimento das terras recebidas, e para não perdê-las, deveriam investir em sua colonização. Portanto, as capitanias foram doadas somente àqueles que possuíssem condições financeiras para custear a empresa da colonização.
Das 15 capitanias originais, apenas a Capitania de Pernambuco e Capitania de São Vicente prosperaram. Este fato pode ser entendido quando se observa que as terras brasileiras estavam a pelo menos dois meses de viagem de Portugal. Além disso, as notícias das novas terras não eram muito animadoras: na viagem , além de monstros que habitavam o oceano, tempestades eram freqüentes; nas novas terras, florestas gigantescas e impenetráveis, povos antropófagos e nenhuma riqueza mineral ainda descoberta.
Em 1536, o donatário da Capitania da Bahia, Francisco Pereira Coutinho, fundou o Arraial do Pereira, em Salvador, já encontrando, porém, Diogo Álvares, o Caramuru, com sua esposa, Catarina Paraguaçu, e muitos filhos. Dizia-se desses mamelucos que não faziam inveja às mulheres da Rua Nova de Lisboa ( a rua mais chique de Portugal).
Por suas arbitrariedades, Pereira Coutinho terminou afugentado pelos índios, indo refugiar-se, na companhia de Diogo Álvares, em Porto Seguro. Quando retornou, porém, encontrou uma forte tormenta na Baía de Todos os Santos, o que levou seu navio parar na Ilha de Itaparica. Lá, ele foi feito prisioneiro dos índios, que o retalharam e comeram em ritual antropofágico. Quanto a Diogo Álvares, talvez pela sua própria fama e respeitabilidade na região, foi liberado.
Em 1549, a 29 de Março, após o fracasso do projeto de capitanias hereditárias, chegou a expedição de Tomé de Sousa, com ordens de El-Rei Dom João III para fundar a Cidade do São Salvador, na antiga Capitania da Bahia. Desse modo, surge o Governo Geral que visava a centralizar a administração colonial, subordinando as capitanias a um governador-geral que controlasse e tornasse mais rápido o processo de colonização do Brasil. Diante disso, elaborou-se em 1548 o Regimento do Governador-Geral no Brasil, que regulamentava o trabalho do governador e de seus principais auxiliares - o ouvidor-mor (Justiça), o provedor-mor (Fazenda) e o capitão-mor (Defesa). Ao chegar, encontrou Tomé de Sousa o antigo Arraial do Pereira com seus moradores, cujo nome logo mudaram para Vila Velha, e, ainda, Diogo Álvares e Catarina Paraguaçu, que moravam ao redor da capela que invocava Nossa Senhora das Graças como padroeira (onde hoje é o bairro da Graça, em Salvador). Conta-se que o próprio Tomé de Sousa, então Governador-Geral do Brasil, ajudou a construir as casas e a carregar pedras e madeiras para construção da Igreja de Nossa Senhora da Conceição da Praia, uma das primeiras do Brasil.
A economia da colônia, iniciada com o puro extrativismo de pau-brasil e o escambo entre os colonos e os índios, gradualmente passou à produção local, com os cultivos da cana-de-açúcar e do cacau. Dentro desse contexto, é possível analisar que o engenho de açúcar, unidade de produção do mundo açucareiro constituiu a peça principal do mercantilismo de plantagem que Portugal desenvolveu na colonização brasileira. Além disso, a grande propriedade que foi denominada de latifúndio (grande propriedade, com utilização de muita mão de obra, técnicas precárias e baixa produtividade) e a mão de obra escrava foram características marcantes deste processo econômico. O nordeste brasileiro, além dessas atividades, também observou nesse período o florescimento da pecuária, importante na interiorização, pois devido às fazendas de açúcar não era permitido utilizar o litoral para essa prática. A conquista do sertão, povoado por diversos grupos indígenas se deu lentamente por meio da pecuária ao longo dos vales dos rios e pelas expedições décadas mais tarde dos Bandeirantes.
No final do século XVIII, com a descoberta de veios de mineração de ouro, gemas e diamante em Minas Gerais, Goiás e no Mato Grosso, desloca-se o eixo econômico e político para o centro-sul do país e o Rio de Janeiro torna-se a nova capital. Ademais, o ciclo do ouro permitiu a criação de um mercado interno onde Minas Gerais contava com o fornecimento de produtos de quase todas as regiões brasileiras.

Fonte: Wikipédia
var site="sm3bussola"

Nenhum comentário:

Boas vindas

Espero que voce aproveite ess e tempo para se aprimorar mais tanto na leitura, escrita como nos fatos mais atuais

Quem sou eu

rio de janeiro, riode janeiro
Professor que se interessa sobre os processos de como estudar do aluno