segunda-feira, 28 de abril de 2008

Sudeste

Período pré-cabralino
Os primeiros habitantes da Região Sudeste foram os indígenas pertencentes aos grupos macro-jê e tupi. A partir de 1500, começam a chegar os colonizadores portugueses.


[editar] Início da colonização portuguesa
O povoamento do Sudeste brasileiro começou em 1532, com a fundação da vila de São Vicente pelos jesuítas portugueses, apoiada na produção de cana-de-açúcar. A partir do século XVII, na região de São Paulo, iniciou-se o fenômeno das bandeiras, que eram expedições pelo interior do Brasil à procura de novas riquezas e de indígenas para serem escravizados.


[editar] Ciclo do ouro
No final do século XVII, os bandeirantes paulistas encontraram pedras preciosas na região de Minas Gerais, dando início ao ciclo do ouro.

Com a mineração, as atenções da Coroa Portuguesa se voltaram para a Região Sudeste, tendo em vista que as plantações de cana-de-açúcar no Nordeste estavam em plena decadência. Ocorreu um grande movimento de pessoas para a região das Minas, acarretando na Guerra dos Emboabas.

A capital da colônia é transferida de Salvador para o Rio de Janeiro em 1763. No final do século XVIII a exploração do ouro entrou em decadência em decorrência do esgotamento das minas, porém a Coroa Portuguesa continuava a cobrar altas taxas tributárias, fazendo surgir a Inconfidência Mineira, movimento separatista sem sucesso.


[editar] Corte no Brasil
Em 1808, fugindo da invasão napoleônica, a Família Real Portuguesa se instalou no Rio de Janeiro. A época foi marcada por diversas mudanças econômicas na Região, com a abertura dos portos para as nações amigas em 1810 e a elevação do Brasil à Reino Unido de Portugal e Algarves em 1816. Em 1821, o Rei Dom João VI retorna para Portugal, deixando seu primogênito, Pedro de Alcântara, como Príncipe-Regente do Brasil.


[editar] Independência
Através da Revolução do Porto, os portugueses tentam voltar o Brasil à condição de colônia. O filho do Rei de Portugal desobedece às ordens da Coroa e proclama a Independência do Brasil a 7 de setembro de 1822, às margens do Riacho Ipiranga, em São Paulo, tornando-se D. Pedro I, o Imperador do Brasil.


[editar] Império
Com a Independência do Brasil em 1822, a Região Sudeste tornou-se o centro financeiro do País. Apoiado pela elite rural do Sudeste, D. Pedro I tornou-se o primeiro Imperador do Brasil, abdicando o trono à favor de seu filho, D. Pedro II em 1830 que, após um conturbado período regencial, assumiu o trono em 1841.


[editar] Ciclo do café
A partir da década de 1840, as plantações de café se espalharam por toda a região, principalmente no Vale do Paraíba e no Oeste Paulista, tornando-se a base da economia brasileira. Usou-se, inicialmente, do trabalho escravo mas, com a abolição da escravatura em 1888, a falta de mão-de-obra foi preenchida com a vinda de uma grande massa de imigrantes europeus, principalmente italianos.


[editar] República
Em 1889 a Monarquia é derrubada e é proclamada a República, dando início à Política do Café-com-Leite, em que as oligarquias de São Paulo e Minas Gerais se revezavam no poder.

Na década de 1920, com a quebra da bolsa de Nova Iorque, o preço do café despencou no mercado internacional. O presidente Getúlio Vargas iniciou um processo de industrialização em São Paulo que, posteriormente, se espalhou pelos outros estados do Sudeste.

sábado, 26 de abril de 2008

O legado de Tiradentes

Biografia
Nascido num sítio no distrito de Pombal, próximo ao arraial de Santa Rita do Rio Abaixo, à época território disputado entre as vilas de São João del-Rei e São José do Rio das Mortes, nas Minas Gerais, da Silva Xavier era filho do português Domingos da Silva Santos, proprietário rural, e da brasileira Maria Antônia da Encarnação Xavier, tendo sido o quarto dos sete filhos. Em 1755, após o falecimento da mãe, segue junto a seu pai e irmãos para a sede da Vila de São José; dois anos depois, já com onze anos, morre seu pai. Com a morte prematura dos pais, logo sua família perde as propriedades por dívidas. Não fez estudos regulares e ficou sob a tutela de um padrinho, que era cirurgião. Trabalhou como mascate e minerador, tornou-se sócio de uma botica de assistência à pobreza na ponte do Rosário, em Vila Rica, e se dedicou também às práticas farmacêuticas e ao exercício da profissão de dentista, o que lhe valeu a alcunha Tiradentes, um tanto depreciativa. Não teve êxito em suas experiências no comércio.

Com os conhecimentos que adquirira no trabalho de mineração, tornou-se técnico em reconhecimento de terrenos e na exploração dos seus recursos. Começou a trabalhar para o governo no reconhecimento e levantamento do sertão brasileiro. Em 1780, alistou-se na tropa da capitania de Minas Gerais; em 1781, foi nomeado comandante do destacamento dos Dragões na patrulha do Caminho Novo, estrada que servia como rota de escoamento da produção mineradora da província ao Rio de Janeiro. Foi a partir desse período que Tiradentes começou a se aproximar de grupos que criticavam a exploração do Brasil pela metrópole, o que ficava evidente quando se confrontava o volume de riquezas tomadas pelos portugueses e a pobreza em que o povo permanecia. Insatisfeito por não conseguir promoção na carreira militar, tendo alcançando apenas o posto de alferes, patente inicial do oficialato à época, e por ter perdido a função de comandante da patrulha do Caminho Novo, pediu licença da cavalaria em 1787.

Morou por volta de um ano na cidade carioca, período em que idealizou projetos de vulto, como a canalização dos rios Andaraí e Maracanã para a melhoria do abastecimento d'água no Rio de Janeiro; porém, não obteve aprovação para a execução das obras. Esse desprezo fez com que aumentasse seu desejo de liberdade para a colônia. De volta às Minas Gerais, começou a pregar em Vila Rica e arredores, a favor da independência daquela província. Organizou um movimento aliado a integrantes do clero e da elite mineira, como Cláudio Manuel da Costa, antigo secretário de governo, Tomás Antônio Gonzaga, ex-ouvidor da comarca, e Inácio José de Alvarenga Peixoto, minerador. O movimento ganhou reforço ideológico com a independência das colônias estadunidenses e a formação dos Estados Unidos da América. Ressalta-se que, à época, oito de cada dez alunos brasileiros em Coimbra eram oriundos das Minas Gerais, o que permitiu à elite regional acesso aos ideais liberais que circulavam na Europa.


O movimento

Variação da bandeira inconfidente, cerca de 1789.Ver artigo principal: Inconfidência Mineira
Além das influências externas, fatores regionais e econômicos contribuíram também para a articulação da conspiração nas Minas Gerais. Com a constante queda na receita provincial, devido ao declínio da atividade mineiradora, a administração de Martinho de Melo e Castro instituiu medidas que garantissem o quinto, imposto que obrigava os moradores das Minas Gerais a pagar, anualmente, cem arrobas de ouro, destinadas à Real Fazenda. A partir da nomeação de Luís da Cunha Meneses como governador da província, em 1782, ocorreu a marginalização de parte da elite local em detrimento de seu grupo de amigos. O sentimento de revolta atingiu o máximo com a decretação da derrama, uma medida administrativa que permitia a cobrança forçada de impostos atrasados, mesmo que preciso fosse confiscar todo o dinheiro e bens do devedor, a ser executada pelo novo governador das Minas Gerais, Luís Antônio Furtado de Mendonça, 6.º visconde de Barbacena (futuro conde de Barbacena), o que afetou especialmente as elites mineiras. Isso se fez necessário para se saldar a dívida mineira acumulada, desde 1762, do quinto, que à altura somava 538 arrobas de ouro em impostos atrasados.

O movimento se iniciaria na noite da insurreição: os líderes da inconfidência sairiam às ruas de Vila Rica dando vivas à República, com o que ganhariam a imediata adesão da população. Porém, antes que a conspiração se transformasse em revolução, foi delatada aos portugueses por Joaquim Silvério dos Reis, coronel, Basílio de Brito Malheiro do Lago, tenente-coronel, e Inácio Correia de Pamplona, açoriano, em troca do perdão de suas dívidas com a Real Fazenda. Assim, o visconde de Barbacena suspendeu a derrama e ordenou a prisão dos conjurados em 1789. Avisado, Tiradentes escondeu-se na casa de um amigo no Rio de Janeiro, mas foi descoberto por Joaquim Silvério dos Reis, que o acompanhara em sua fuga a mando de Barbacena. Anos depois, por sua delação e outros serviços prestados à Coroa, dos Reis receberia o título de Fidalgo.

Dentre os inconfidentes, destacaram-se os padres Carlos Correia de Toledo e Melo, José da Silva e Oliveira Rolim e Manuel Rodrigues da Costa, o tenente-coronel Francisco de Paula Freire de Andrade, comandante dos Dragões, os coronéis Domingos de Abreu e Joaquim Silvério dos Reis (um dos delatores do movimento), os poetas Cláudio Manuel da Costa, Inácio José de Alvarenga Peixoto e Tomás Antônio Gonzaga, ex-ouvidor.

Os principais planos dos inconfidentes eram: estabelecer um governo republicano independente de Portugal, criar manufaturas no país que surgiria, uma universidade em São João del-Rei e fazer desta a capital. Seu primeiro presidente seria, durante três anos, Tomás Antônio Gonzaga, após o qual haveria eleições. Nessa república não haveria exército – em vez disso, toda a população deveria usar armas, e formar uma milícia quando necessária. Há que se ressaltar que os inconfidentes visavam apenas a autonomia da província das Minas Gerais, e em seus planos não estava prevista a libertação dos escravos africanos, apenas daqueles nascidos no Brasil.


A leitura da sentença de Tiradentes (óleo sobre tela de Leopoldino Faria).
Julgamento e sentença
Negando a princípio sua participação, Tiradentes foi o único a, posteriormente, assumir toda a responsabilidade pela Inconfidência, inocentando seus companheiros. Presos, todos os inconfidentes aguardaram durante três anos pela finalização do processo. Alguns foram condenados à morte e outros ao degredo; algumas horas depois, por carta de clemência de D. Maria I, todas as sentenças foram alteradas para degredo, à exceção apenas para Tiradentes, que permaneceu com a pena capital. Em parte por ter sido o único a assumir a responsabilidade, em parte, provavelmente, por ser o incofidente de posição social mais baixa, haja vista que todos os outros ou eram mais ricos, ou detinham patente militar superior. Por esse mesmo motivo é que se cogita que Tiradentes seria um dos poucos inconfidentes que não eram maçons.

E assim, numa manhã de sábado, 21 de abril de 1792, Tiradentes percorreu em procissão as ruas do centro da cidade do Rio de Janeiro, no trajeto entre a cadeia pública e onde fora armado o patíbulo. O governo geral tratou de transformar aquela numa demonstração de força da coroa portuguesa, fazendo verdadeira encenação. A leitura da sentença estendeu-se por dezoito horas, após a qual houve discursos de aclamação à rainha, e o cortejo munido de verdadeira fanfarra e composta por toda a tropa local. Bóris Fausto aponta essa como uma das possíveis causas para a preservação da memória de Tiradentes, argumentando que todo esse espetáculo despertou a ira da população que presenciou o evento.

Executado e esquartejado, com seu sangue se lavrou a certidão de que estava cumprida a sentença, tendo sido declarados infames a sua memória e os seus descendentes. Sua cabeça foi erguida em um poste em Vila Rica, tendos sido rapidamente cooptada e nunca mais localizada; os demais restos mortais foram distribuídos ao longo do Caminho Novo: Cebolas, Varginha do Lourenço, Barbacena e Queluz (antiga Carijós), lugares onde fizera seus discursos revolucionários. Arrasaram a casa em que morava, jogando-se sal ao terreno para que nada lá germinasse.


Legado

Efígie do Tiradentes na moeda de 5 centavos de real.Tiradentes permaneceu, após a Independência do Brasil, uma personalidade histórica relativamente obscura, dado o fato de que, durante o Império, os dois monarcas, D. Pedro I e D. Pedro II, pertenciam à casa de Bragança, sendo, respectivamente, neto e bisneto de D. Maria I, quem havia emitido a sentença de morte de Tiradentes. Foi a República – ou, mais precisamente, os ideólogos positivistas que presidiram sua fundação – que buscaram na figura de Tiradentes uma personificação da identidade republicana do Brasil, mitificando a sua biografia. Daí a sua iconografia tradicional, de barba e camisolão, à beira do cadafalso, vagamente assemelhada a Jesus Cristo e, obviamente, desprovida de verossimilhança. Como militar, o máximo que Tiradentes poder-se-ia permitir era um discreto bigode. Na prisão, onde passou os últimos três anos de sua vida, os detentos eram obrigados a raspar barba e cabelo a fim de evitar piolhos. Também, o nome do movimento, "Inconfidência Mineira", e de seus participantes, os "incofidentes", foi cunhado posteriormente, denotando o caráter negativo da sublevação – inconfidente é aquele que trai a confiança.

Tiradentes nunca se casou, mas teve dois filhos: João, com a mulata Eugênia Joaquina da Silva, e Joaquina, com a ruiva Antônia Maria do Espírito Santo, que vivia em Vila Rica. Atualmente, foi concedida à sua tetraneta Lúcia de Oliveira Menezes, por meio da lei federal 9255/96, uma pensão especial do INSS no valor de R$ 200,00, o que causou polêmica sobre a natureza jurídica deste subsídio, mas solucionado pelo STF no agravo de instrumento 623.655. [2]

Atualmente, onde se encontrava sua prisão foi erguido o Palácio Tiradentes; onde foi enforcado ora se encontra a Praça Tiradentes e onde sua cabeça foi exposta fundou-se outra Praça Tiradentes. Em Ouro Preto, na antiga cadeia, hoje há o Museu da Inconfidência. Tiradentes é considerado atualmente Patrono Cívico do Brasil, sendo a data de sua morte, 21 de abril, feriado nacional. Seu nome consta no Livro de Aço do Panteão da Pátria e da Liberdade, sendo considerado Herói Nacional.

ISABELA

Saiba como vai ser a reconstituição da morte de Isabella
Pai e madrasta, suspeitos do crime, têm de comparecer, mas não precisam participar.
Trabalho deve durar cerca de 10 horas e demandou esquema especial na rua do edifício.
Do G1, em São Paulo
entre em contato
ALTERA O
TAMANHO DA LETRA A-A+


A reconstituição da morte da menina Isabella Nardoni, que será realizada a partir das 9h deste domingo (27), é fundamental para o andamento das investigações sobre o caso. O trabalho tem previsão de duração de 10 horas e mexeu com a rotina e a movimentação na Rua Santa Leocádia, onde fica o Edifício London, na Vila Mazzei, Zona Norte de São Paulo.



Caso Isabella: cobertura completa

Isabella morreu no dia 29 de março após ser espancada, asfixiada e jogada do 6º andar do edifício, onde moravam o pai e a madrasta dela, Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá, suspeitos do crime.

O principal objetivo da reconstituição é reproduzir passo a passo a versão apresentada pelo casal, desde a chegada ao prédio até o momento em que Isabella foi socorrida pelo Resgate. Serão confrontados os resultados dos exames periciais com as declarações de testemunhas e indiciados. Além disso, será cronometrada toda a seqüência narrada pelo pai e pela madrasta.



Segundo a polícia, a maior parte dos acontecimentos deve ocorrer dentro prédio e do apartamento, que fica no 6º andar. Em apenas dois momentos os a ação deve acontecer no lado externo. Um deles será no jardim, onde o corpo da menina caiu após ser jogado da janela, e o outro será em um prédio vizinho.



Participações
Alexandre Nardoni e Anna Carolina não vão participar da seqüência de fatos que terminaram na morte da menina, segundo informou o avô da menina, Antonio Nardoni. De acordo com a polícia, pessoas com mesmo tipo físico dos dois vão interpretar o casal.



Antonio e a filha, Cristiane, devem participar. Assim como a mãe de Isabella, Ana Carolina de Oliveira, dois vizinhos, o porteiro do prédio, os funcionários do resgate e a mulher do subsíndico. Todos serão ouvidos separadamente.

O pai e a madrasta da menina não são obrigados a participar da reconstituição, mas por lei, têm de comparecer. Eles podem ser orientados pela defesa a manter o silêncio e não fazer nada que possa incriminá-los.



A polícia quer saber se haveria tempo hábil para uma terceira pessoa ter cometido o crime sem ser visto por Alexandre ou Anna Carolina. A perícia revelou que entre o desligamento do aparelho GPS do Ford Ka do casal e a primeira ligação para os bombeiros se passaram 13 minutos e 46 segundos.



Saiba mais

» Polícia pede na Justiça bloqueio de espaço aéreo na reconstituição

» Saiba como é realizado o trabalho dos peritos criminais

» Motivo do assassinato de Isabella será apontado, diz promotor

» Inquérito vai ser concluído no prazo, diz promotor

» Promotor afirma que houve tentativa de esconder provas no caso Isabella

» Avô de Isabella foi a apartamento logo após enterro

» Vizinhos deixam prédio do pai de Isabella para evitar reconstituição

» Reconstituição da morte de Isabella pode durar até 10 horas

» Pai e madrasta de Isabella não são obrigados a participar de reconstituição

» Vizinhos do pai de Isabella tomam precauções para evitar assédio

» Prazo para fim das investigações do caso Isabella termina semana que vem

» Mãe de Isabella participará de reconstituição do crime

Moradores do Edifício London e de imóveis vizinhos contarão o que viram o ouviram naquela noite. O porteiro do prédio, primeiro a ver o corpo de Isabella estendido no gramado, e os homens do Resgate darão detalhes sobre a posição em que a menina foi encontrada e o socorro à vítima.



Esquema de segurança
Assim como na ocasião em que os dois suspeitos do crime foram prestar depoimento no 9º Distrito Policial, onde as investigações são concentradas, foi montado um esquema de segurança para garantir o trabalho dos peritos, a circulação dos moradores e a movimentação da imprensa. Os acessos à rua serão bloqueados e apenas moradores, jornalistas e policiais poderão entrar.



Cerca de 100 policiais estarão envolvidos no trabalho. A polícia já estuda desde o meio da semana a organização do local, e começou a montar a estrutura e realizar os bloqueios necessários as 23h30 do sábado (26). A calçada do prédio e parte da rua em frente dele serão áreas restritas apenas aos policiais e aos carros que precisarem entrar ou sair das garagens.

Serão montados dois bloqueios na rua do prédio, um 60 metros à direita do edifício e outro 60 metros à esquerda. Nesses locais, ficarão policiais que controlarão a passagem dos carros e pedestres. Apenas serão autorizados a passar os jornalistas, moradores e visitantes das residências locais, que serão acompanhados por policiais ao seu destino. A idéia é evitar o acúmulo de pessoas, o que pode gerar confusão e barulho, atrapalhando o trabalho dos peritos.



O espaço aéreo acima do edifício ficará fechado em um raio de 1,5 km, conforme autorização judicial. Isso porque o barulho dos helicópteros pode comprometer a reconstituição quando forem comparadas as versões de testemunhas que afirmam ter ouvido gritos na noite do crime.



Moradores
No prédio que fica em frente ao Edifício London, os moradores foram proibidos de permitir a entrada de jornalistas em seus apartamentos. A medida foi tomada pelo condomínio para evitar o assédio da imprensa durante as investigações sobre a morte da menina.



Uma circular pregada no elevador informa aos moradores que eles correm o risco de serem processados pelo condomínio se algum jornalista conseguir autorização. A informação foi passada por um morador que prefere não se identificar.



Já no Edifício London, moradores deixaram o prédio para evitar os transtornos que serão provocados pela reconstituição da morte da menina. "Muitos moradores já até viajaram. Poucos vão ficar no domingo", afirmou na quinta-feira (24) o delegado operacional da Zona Norte, César Camargo.



Perícia
A perícia é uma parte muito importante do inquérito para a reconstituição, pois dá direções aos peritos para que possam estimar como ocorreu o crime. A coleta de provas e a análise do local são fundamentais na hora de esclarecer a autoria de um crime. Uma gota, um fio de cabelo ou uma única célula servem como vestígios e podem apontar o autor de um crime aparentemente sem provas.



No caso Richtofen, a perícia foi decisiva para chegar aos culpados pelo assassinato do casal Marísia e Manfred: a filha, Suzane, o namorado, Daniel, e o irmão dele. “Cada vez que eles tentavam enganar a perícia, eles davam uma prova a mais de que eram pessoas muito ligadas às vítimas”, explica o perito Ricardo Salada, que foi o primeiro a chegar à casa da família Richtofen depois do crime.



“A perícia é um trabalho delicado, que exige, antes de tudo, a preservação da cena do crime. Sua finalidade, tanto criminalística quanto médico-legal, é fornecer os elementos para aqueles que têm a competência legal pra indiciar, denunciar e sentenciar. O perito não condena nem absolve ninguém, só fornece elementos para quem pode fazê-lo”, conclui o coordenador da Polícia Técnico-Científica de São Paulo, Celso Perioni.

quarta-feira, 23 de abril de 2008

terremoto

Moradores de quatro estados sentem tremor de terra
Às 21h de terça-feira, terremoto de 5,2 graus ocorreu a 270 km do litoral de São Paulo.
Além desse estado, houve registro de ocorrências no PR, SC e RJ.
Do G1, com informações do Bom Dia Brasil
entre em contato
ALTERA O
TAMANHO DA LETRA A-A+
A terra tremeu no Brasil na noite de terça-feira (22). Durou cinco segundos e deu susto em quatro estados: São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná e Santa Catarina. No início desse terremoto moderado, ninguém entendeu o que estava acontecendo. Foi às 21h, horário de Brasília.



Veja o site do Bom Dia Brasil



De acordo com o Observatório Sismológico da Universidade de Brasília (UNB), o tremor, de 5,2 graus na escala Richter, ocorreu a 270 km do litoral de São Paulo. O epicentro foi localizado no Oceano Atlântico. Segundo Jorge Sand, coordenador do observatório, a região onde foi registrado o epicentro tem uma atividade sísmica grande por ser uma plataforma continental, com interfaces de regiões mais densas e menos densas.



Saiba mais

» Paulistanos demoraram a descobrir que sentiram tremor

» Tremor de terra foi sentido em pelo menos 32 cidades de SP

» Tremor de terra preocupa moradores de prédios inclinados da orla de Santos

» Relembre tremores sentidos no Brasil

» Tremor é sentido em cidades do Paraná

» ‘Tremeu tudo’, relatam moradores da Baixada Santista

» Tremor de terra atinge quatro estados

» Cidades de SP não registram ocorrências graves por causa de tremor

» Tremor provoca rachadura em hospital da Zona Leste

» UnB descarta tsunami após tremor de terra em SP

» Tremor de terra atinge São Paulo, Paraná e Rio de Janeiro

» Defesa Civil recebe chamados de tremor de terra no Rio

» Tremor de terra atingiu 5,2 graus em São Paulo

» Tremor de terra é sentido em São Paulo

O tremor começou no mar, mas não há risco de tsunami, segundo especialistas. Ondas gigantes podem ser geradas quando se passa dos 7 graus.


São Paulo
Em São Paulo, 32 municípios sentiram o abalo. Para especialistas, foi o tremor mais intenso dos últimos 100 anos na capital paulista. Não houve feridos, mas foi um grande susto.

O tremor de terra foi percebido em todas as regiões da cidade. A central dos bombeiros recebeu mais de 400 ligações. A maioria de pessoas assustadas, sem saber bem o que tinha acontecido. “Minha esposa estava falando ao telefone e, de repente, comentou que o prédio estava tremendo. Achei até estranho. Mas ela ficou apavorada, queria descer porque estava balançando tudo”, diz o bancário Milton Guetti.

No Jaguaré, na Zona Oeste, os moradores de um prédio foram para a rua, com medo de desabamento. “Os moradores evacuaram o prédio. Ligaram para os bombeiros”, lembra o porteiro Mario Jorge dos Santos.

“Parecia que você estava em um barco, no mar. A minha mãe sentiu o sofá tremendo e me chamou. Eu vi os móveis balançando, a televisão. Pegamos a chave do carro, descemos e todo mundo já estava na rua, tinha gente passando mal. Teve quem já estava com as malas prontas e indo para a casa da sogra, onde a terra não tremeu”, o estudante Hudson Magalhães.

Em um hospital da Zona Leste da cidade, os azulejos se soltaram da parede. O atendimento aos pacientes não chegou a ser interrompido. O abalo foi sentido no Aeroporto de Congonhas, mas não alterou os vôos.


Prédios e barcos
São Paulo é conhecida pela altura dos prédios e foram exatamente os moradores dos últimos andares que mais sentiram o tremor. Esse é um fenômeno comum já que a estrutura do prédio é semelhante a um pêndulo invertido, preso ao chão e solto no topo. Em cima balança mais que na parte de baixo.

Em Mogi das Cruzes, um prédio apresentou rachaduras e os bombeiros fizeram uma inspeção para ver se havia outras estruturas danificadas. Já em Sorocaba, no interior de São Paulo, moradores foram parar de pijama na garagem.



Segundo a Capitania dos Portos, na hora em que foi registrado o fenômeno, seis barcos de patrulha estavam no mar, mas ninguém sentiu nada. Situação diferente foi vivida por quem estava em prédios de São Vicente e de outras cidades do litoral. Os bombeiros não registraram ocorrências de danos, mas as linhas ficaram congestionadas.


Rio de Janeiro
No estado do Rio de Janeiro, a Defesa Civil recebeu mais de 30 chamados em menos de dez minutos. Os técnicos ficaram surpresos com o motivo dos telefonemas: tremor de terra. “Começamos a receber telefonemas a partir das 21h05. Ao sair da Defesa Civil para fazer as vistorias, já tínhamos recebido em torno de 35 ocorrências”, contabiliza Carlos Alberto Miranda, da Defesa Civil.

As cidades mais atingidas foram Resende, no Vale do Paraíba, Angra dos Reis, no litoral sul do estado, e na Área Metropolitana, São Gonçalo e Nova Iguaçu. No município do Rio, os tremores duraram aproximadamente cinco segundos. Madureira, Ilha do Governador e Jacarepaguá registraram os abalos mais fortes.

Às 21h20, Edvaldo e Maria de Lourdes Miranda assistiam televisão quando a filha Lívia, que estava no quarto, chegou correndo à sala. Ela foi a primeira a sentir o tremor. “Fiquei assustada porque senti a cadeira mexer muito. Decidi ir até a sala ver se não era uma impressão”, aponta Lívia. “Quando ela falou, eu coloquei os pés no chão e senti tremer”, conta o pai de Lívia, Edvaldo.

Na rua onde mora a família Miranda, em Jacarepaguá, moradores de quase todos os prédios, principalmente dos andares mais altos, perceberam imediatamente quando os abalos começaram. “É assustador, uma sensação horrível. Você não sabe o que fazer”, descreve uma moradora.

A Defesa Civil do município do Rio de Janeiro está em alerta. Até às 2h, 50 chamados tinham sido atendidos, principalmente de moradores de Jacarepaguá, na Zona Oeste, que foram os que mais sentiram os tremores.

O coordenador de Defesa Civil do Rio de Janeiro, João Carlos Mariano, conta que não foi detectada nenhuma rachadura em prédios. Ele explica que o alerta é apenas para tranqüilizar a população. Todas as equipes estão nas ruas para verificar os locais.



Santa Catarina e Paraná
Em Santa Catarina, o Departamento Estadual de Defesa Civil (Dedc) recebeu chamadas de moradores da Grande Florianópolis, de Joinville, de Camboriú e de Balneário Camboriú, que sentiram o tremor. As ligações começaram por volta das 21h.


Técnicos da Defesa Civil municipal visitaram algumas das residências afetadas, porém não foram constatados prejuízos materiais. "Não houve grandes danos. Foi mais um susto mesmo", disse ao G1 o sargento Milton Lourenço Leonel.



No Paraná, a Defesa Civil atendeu ocorrências na região de Curitiba e em Ponta Grossa. Na capital, foram 20 chamados aos bombeiros. "As ligações eram de moradores de prédios mais altos", afirmou o tenente Leonardo Mendes da Silva. "A situação foi tranqüila, não houve prejuízo."



De acordo com ele, técnicos da prefeitura de Curitiba detectaram um pequeno problema na estrutura de apenas um prédio vistoriado, mas a estrutura não corre risco.


Recomendação
Em casos como esses, ao sentir tremores, a recomendação é que as pessoas saia do local onde está e espere os técnicos da Defesa Civil. “Se for algo muito grave, vá para debaixo da mesa ou fique no vão da porta, que são os lugares mais seguros de uma casa”, disse João Carlos Mariano, da Defesa Civil do Rio.

segunda-feira, 21 de abril de 2008

Nave Russa

Astronautas descrevem susto da descida descontrolada na Soyuz
A nave TMA-11 aterrissou a aproximadamente 420 quilômetros do local planejado assutando a população local

AP
Tamanho do texto? A A A A
STAR CITY, Rússia - Quem estava mais assustada - a astronauta sul-coreana novata, que viu o fogo engolir a cápsula onde ela estava enquanto caía na Terra, ou os moradores locais de um estepe estéril que cruzaram com pessoas que acabavam de cair do céu? Essas duas histórias emergiram nesta segunda-feira, 21, na coletiva de imprensa dos participantes da última missão espacial russa.


"Durante a descida, enquanto passávamos pela atmosfera, eu vi algum tipo de fogo do lado de fora", disse Yi So-yeon, a primeira sul-coreana a completar um vôo espacial. "Primeiro eu fiquei realmente assustada porque estava muito, muito quente e eu pensei que pudesse me queimar."



Yi voltou à Terra com a astronauta norte-americana Peggy Whitson e com o engenheiro de vôo russo Yuri Malenchenko, a bordo da cápsula russa Soyuz no sábado, 19.



Os três enfrentaram um vôo turbulento e acelerações gravitacionais até dez vezes mais fortes que a da Terra, pois a cápsula fez uma trajetória pouco usual, resultado de um problema técnico que está sob investigação.



A nave TMA-11 aterrissou a aproximadamente 420 quilômetros do local planejado.



Yi disse que apesar de ter visto o fogo do lado de fora, ela notou que não estava nem um pouco quente dentro da cápsula. "Eu olhei para os outros e eles fingiam estar tudo OK", disse Yi, uma bioengenheira de 29 anos.



O cosmonauta veterano Malenchenko, que já passou 515 dias no espaço, disse que na hora que na hora que a equipe desceu da cápsula para a Terra, cerca de 12 curiosos locais chegaram à cena.



"Eles estavam muito surpresos e não podiam acreditar em seus próprios olhos", disse Malenchenko. "Um deles perguntou se a cápsula era um barco. Outro disse que nós poderíamos ter pulado de um avião."



Quando contamos a eles que éramos astronautas, "eles acenaram com a cabeça mas então perguntaram de novo de onde tínhamos vindo. Eles não podiam acreditar que tivéssemos estado no espaço. Eles só acreditaram em nós quando viram nossas roupas espaciais."



Os locais ajudaram a equipe recuperar o telefone da nave para fazer uma ligação pedindo por resgate, ele disse. "Foi difícil pois a cápsula havia virado de ponta cabeça", disse Malenchenko.



Os três membros da equipe andavam devagar e pareciam desequilibrados quando chegaram para falar com a imprensa no centro de treinamento Star City, próximo à Moscou, na Rússia. Médicos que estavam ao seu lado asseguravam que eles não caíssem.



Autoridades ainda têm que explicar por que a cápsula saiu de controle e caiu na Terra em uma chamada "reentrada balística."



Malenchenko disse que a nave de alguma maneira voltou automaticamente para reentrada balística. "Não houve atitude nenhuma da equipe que tenha levado a isso", disse. "O tempo dirá o que deu errado."



Foi a segunda vez seguida - e a terceira desde 2003 - que a aterrissagem de uma Soyuz deu errado.




Apesar dos problemas, Whitson, que se tornou a astronauta mais experiente dos Estados Unidos, com 377 dias passados no espaço, disse que ainda ter fé no Soyuz. "O Soyuz tem sido historicamente uma nave muito confiável", disse.



Superando os 374 dias no espaço de Mike Foale, Whitson disse que se sentia "com sorte de ter estado no lugar certo, na hora certa."



Yi, que disse ter feito bem na promessa aos seus companheiros de viagem cantando Fly me to the Moon no espaço, partiu para a estação espacial internacional em 10 de abril.



Com ela estavam os cosmonautas Sergei Volkov e Oleg Kononenko que substituíram Whitson e Malenchenko. A Coréia do Sul pagou US$20 milhões (R$ 33, 34 milhões) pelo vôo de Yi.



Ela foi modesta nesta segunda-feira, 21. "Eu não posso acreditar que tenha me tornado algum tipo de heroína", disse. "Eu sou só uma mulher coreana comum."



Whitson e Malenchenko passaram seis difíceis meses fazendo experimentos e mantendo a estação em órbita e foram substituídos por Volkov e Kononenko. Eles se juntaram ao astronauta americano Garrett Risman, que chegou à estação no mês passado a bordo do ônibus espacial norte-americano Endeavour. Volkov e Kononenko serão substituídos na primavera.



Tags: Soyuz, viagem espacial, Rússia O que são TAGS?

COMENTÁRIOS NOTÍCIAS RELACIONADAS

Boas vindas

Espero que voce aproveite ess e tempo para se aprimorar mais tanto na leitura, escrita como nos fatos mais atuais

Quem sou eu

rio de janeiro, riode janeiro
Professor que se interessa sobre os processos de como estudar do aluno