quarta-feira, 13 de junho de 2007

Termos da frase

Termos essenciais da oração
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
(Redirecionado de Sujeito)
Ir para: navegação, pesquisa
Esta página precisa ser reciclada.
Sinta-se livre para editá-la para que esta possa atingir um nível de qualidade superior.Atenção: Esta página foi marcada para revisão!
Se tem algum conhecimento sobre este assunto, por favor verifique a consistência e o rigor deste artigo.

São chamados de termos da oração as palavras ou grupos de palavras que possuem uma determinada função sintática dentro de uma oração. Já os chamados termos essenciais são dois termos que quase sempre aparecem nos enunciados: o sujeito e o predicado. Num enunciado completo, em geral, se diz algo sobre alguma coisa. No caso, o predicado é o que é dito sobre alguma coisa, que é o sujeito da oração. Exemplo: A Wikipédia é uma excelente fonte de informação. Nesse exemplo, algo foi dito (é uma excelente fonte de informação) sobre alguma coisa (A Wikipédia); temos assim predicado e sujeito, respectivamente. Como foi dito, sujeito e predicado aparecem na maior parte dos enunciados lingüisticos, e são por isso tratados como termos essenciais. Contudo, pode ocorrer enunciados sem sujeito, caracterizando deste modo o predicado como o único termo que aparece em literalmente todos os enunciados.

Índice [esconder]
1 Sujeito
1.1 Mais alguns exemplos
1.2 Tipos de Sujeito
1.2.1 Sujeito Simples
1.2.2 Sujeito Composto
1.2.3 Sujeito Desinencial ou Implícito ou Oculto ou elíptico
1.2.4 Sujeito Indeterminado
1.3 Orações Sem Sujeito
2 Predicado
2.1 Predicado Verbal
2.2 Predicado Nominal
2.3 Predicado Verbo-Nominal / Predicado Verbonominal



[editar] Sujeito
Segundo uma tradição iniciada por Aristóteles, toda oração pode ser dividida em dois constituintes principais: o sujeito e o predicado. Em português, o sujeito rege a terminação verbal em número e pessoa e é marcado pelo caso reto quando são usados os pronomes pessoais. As regras de regência do sujeito sobre o verbo são denominadas concordância verbal. Na frase, Nós vamos ao teatro., vamos é uma forma do verbo "ir" da primeira pessoa do plural que concorda com o sujeito nós. Veja abaixo uma tabela com as formas do verbo "ir" segundo pessoa e número.

Formas do Verbo "Ir" 1.ª Pessoa Singular vou vá ia irei iria fui for fora fosse
2.ª Pessoa Singular vais vás ias irás irias foste fores foras fosses
3.ª Pessoa Singular vai vá ia irá iria foi for fora fosse
1.ª Pessoa Plural vamos vamos íamos iremos iríamos fomos formos fôramos fôssemos
2.ª Pessoa Plural vades vades íeis irdes iríeis fostes fordes fôreis fôsseis
3.ª Pessoa Plural vão vão iam irem iriam foram forem foram fossem
Pronomes Pessoais no Caso Reto 1.ª Pessoa Singular eu
2.ª Pessoa Singular tu
3.ª Pessoa Singular ele, ela, você, a gente
1.ª Pessoa Plural nós
2.ª Pessoa Plural vós
3.ª Pessoa Plural eles, elas, vocês

Para os verbos que denotam ação, freqüentemente o sujeito da voz ativa é o constituinte da oração que designa o ser que pratica a ação e o da voz passiva é o que sofre suas conseqüências. Sob outra tradição, o sujeito (psicológico) é o constituinte do qual se diz alguma coisa. Segundo Bechara, "É o termo da oração que indica a pessoa ou a coisa de que afirmamos ou negamos uma ação ou qualidade".


[editar] Mais alguns exemplos
O pássaro voa. - Os pássaros voam.
O menino brinca. - Os meninos brincam.
Pedro saiu cedo. - Os jovens saíram.
O livro é bom. - Os livros são bons.
Didaticamente, fazemos uma pergunta antes do verbo: Quem é que? ou Que é que? ― e teremos a resposta; esta resposta será o sujeito.

"O menino brinca." Quem é que brinca? O menino. Logo, o menino é o sujeito da frase.
"O livro é bom." Que é que é bom? O livro. Logo, o livro é o sujeito da frase.

[editar] Tipos de Sujeito
O sujeito pode ser, segundo a Nomenclatura Gramatical Brasileira (NGB), classificado em simples, composto, indeterminado, desinencial ou implícito e inexistente. Nesse último caso, temos o que se convencionou chamar de oração sem sujeito.


[editar] Sujeito Simples
Sujeito simples é o sujeito que apresenta tão-somente um só núcleo representativo.

"Eu falo."
"O garoto joga bola."
"A árvore é grande."
"Aquilo é terra benta." (José Cândido de Carvalho)
"Qual é o caminho/ que leva ao teu país." (Ribeiro Couto)
Atenção ao seguinte caso:

"Estudamos muito."
Muitas vezes se analisa o sujeito dessa oração como sujeito oculto ou sujeito desinencial. Porém, segundo a NGB, tem-se sujeito simples "Nós", o qual sabemos porque está subentendido na desinência verbal.

Outros exemplos:

falamos, falais, falarás
brincamos, brincais, brincarás
estudamos, estudais, estudarás
Nos três casos, temos sujeito simples, respectivamente em cada série: nós, vós e tu. Podemos achar o sujeito pela desinência verbal: "-mos" indica a 1ª pessoa do plural, "-ais" indica 2ª pessoa do plural e "-ás" denota segunda pessoa do singular.

Vale lembrar que na frase Alguém bateu à porta., o sujeito, apesar de semanticamente indeterminado, é um sujeito simples: alguém. Subentende-se, nesse caso, alguma pessoa.

O sujeito pode ser representado por uma oração. Trata-se da oração subordinada substantiva subjetiva, que exerce a função de sujeito da oração principal.

É bom que estudem
A oração "que estudem" é uma oração subordinada substantiva subjetiva e é o sujeito da oração "é bom".


[editar] Sujeito Composto
É o sujeito que tem mais de um núcleo representativo.

Pedro e Paulo são irmãos.
Paula e Carla fizeram compras no sábado.
Maria e Josefa trabalham juntas.
Heider e Camila estão namorando.
O sujeito também pode vir posposto ao verbo:

Saíram Pedro e Paulo.
Saiu Pedro e Paulo.
Note que, no segundo caso, o verbo "saiu" concorda com o sujeito "Pedro", mais próximo a ele. Isso é permitido apenas quando o sujeito composto está posposto ao verbo; chama-se concordância atrativa.


[editar] Sujeito Desinencial ou Implícito ou Oculto ou elíptico
Sujeito oculto, elíptico ou desinencial é aquele que não vem expresso na oração, mas pode ser facilmente identificado pela desinência do verbo.

Fechei a porta.
Quem abriu a porta?
Apesar do sujeito não estar expresso, pode ser identificado na oração: Fechei a porta Eu. E na frase Quem abriu a porta?, o identificado é ele.

Obs.: As classificações do sujeito, em Língua Portuguesa, são apenas três: simples, composto e indeterminado. Dar o nome de Sujeito desinencial, elíptico ou implícito não equivale a classificar o sujeito, mas somente determinar a forma como o sujeito simples se apresenta dentro da estrutura sintática. No mais, a classificação Sujeito Oculto foi abolida, por questões técnico-formais e lingüistico-gramaticais, passando a denominar-se Sujeito Simples Desinencial, uma vez que se pode determiná-lo através dos morfemas lexicais terminativos das formas verbais, situação na qual, para indicar que o sujeito se encontra elíptico usa a forma pronominal reta equivalente à pessoa verbal entre parênteses. Assim, na estrutura sintática: "Choramos todos os dias", para indicar o sujeito simples subentendido na forma verbal, colocamo-lo entre parênteses da seguinte forma: (Nós)= Sujeito Simples Desinencial.


[editar] Sujeito Indeterminado
Sujeito indeterminado é o que não se nomeia ou por não se querer ou por não se saber fazê-lo. Podemos dizer que o sujeito é indeterminado quando o verbo não se refere a uma pessoa determinada, ou por se desconhecer quem executa a ação ou por não haver interesse no seu conhecimento. Aparecerá a ação, mas não há como dizer quem a pratica ou praticou.

Há duas maneiras de identificar um sujeito indeterminado:

a) O verbo se encontra na 3ª pessoa do plural.

Dizem que eles não vão bem.
Estão chamando o rapaz...
Falam de tudo e de todos.
Falaram por aí...
Disseram que ele morreu.
b) Com um Verbo Transitivo Indireto, somente na 3ª pessoa do singular, mais a partícula se.

Precisa-se de livros. (Quem precisa, precisa de alguma coisa → verbo transitivo indireto)
Necessita-se de amigos. (Quem necessita, necessita de alguma coisa → verbo transitivo indireto)
A palavra se é um índice de indeterminação do sujeito, pois não se pode dizer quem precisa ou quem necessita.

Cuidado! Caso você encontre frases com Verbo Transitivo Direto:

Compram-se carros. (Quem compra, compra alguma coisa → verbo transitivo direto)
Vende-se casa. (Quem vende, vende alguma coisa → verbo transitivo direto)
Não se caracteriza sujeito indeterminado, pois nos casos de VTD, a partícula "se" exerce a função de partícula apassivadora e a frase se encontra na voz passiva sintética. Transpondo as frases para a voz passiva analítica, teremos:

Carros são comprados (sujeito: "Carros");
Casa é vendida (sujeito: "Casa").
c) Com um Verbo Intransitivo, somente na 3ª pessoa do singular, mais a palavra se, índice de indeterminação do sujeito.

Vive-se feliz, aqui.
Aqui se dorme muito bem.

[editar] Orações Sem Sujeito

--------------------------------------------------------------------------------

Observação: Dar o nome de Oração sem Sujeito ('OSS) não se constitui, formalmente, classificação do sujeito, mas da oração enquanto estrutura lingüística desprovida de sujeito. Aliás, se fosse classificação do sujeito, constituir-se-ia uma aberração uma vez que estaríamos nomeando algo que não existe, o que revelaria sandice.


Há verbos que não têm sujeito, ou este é nulo. A língua desconhece a existência de sujeito de tais verbos. Uma oração é sem sujeito quando o verbo está na terceira pessoa do singular, sobretudo os seguintes:

1. Com os verbos que indicam fenômenos da natureza, tais como anoitecer, trovejar, nevar, escurecer, chover, relampejar...

Trovejou muito.
Neva no sul do país.
Anoitece tarde no verão.
Chove muito no Amazonas.
Uma observação muito importante é que esses mesmos verbos têm sujeito quando são utilizados em sentido figurado.

2. Com o verbo haver, significando existir.

Ainda há amigos.
Haverá aulas amanhã.
Há bons livros na livraria.
Há gente ali.
Há homens no mar.
Há dois dias que não durmo.
3. Com os verbos fazer, haver e estar indicando tempo, decorrido ou não.

Está quente esta noite.
Faz dez anos que não o vejo.
Faz calor terrível no verão.
Está na hora do recreio.
4. Com o verbo ser indicando tempo.

Era em Londres.
É tarde.
Era uma vez.
Foi em janeiro.
5. Com os verbos ir, vir e passar indicando tempo.

Já passa de um ano... .
Já passa das cinco horas.
Observação importante: existem advérbios que exercem claramente a função sintática de sujeito, a qual é própria de substantivos.

Amanhã é feriado nacional. (O dia de amanhã...)
Aqui já é Vitória (Este lugar...)
Hoje é dia de festa. (O dia de hoje...)
Agora já é noite avançada. (Esta hora...)
Nota: Oração Sem Sujeito também pode ser chamada de OSS.


[editar] Predicado
É tudo aquilo que se diz ou o que se declara sobre sujeito.


O menino compareceu ao baile.

"Um fraco rei faz fraca a forte gente." (Luís Vaz de Camões)

João anda doente.


Importante é frisar que o predicado não é o sujeito, bem como não é tudo aquilo que pertence ao sujeito. Ainda mais, o vocativo e o aposto não são, nem fazem, formalmente, parte de um predicado.

O predicado pode ser nominal, verbal ou verbo-nominal (também escrito verbonominal, (como bem leciona o ilustre mestre Adriano da Gama Cury) que é a fusão dos dois primeiros.


[editar] Predicado Verbal
Possui por núcleo um verbo significativo, também denominado de nocional; ou seja: verbo que exprime ação.

O ministro da Fazenda anunciará um pacote de reajuste de impostos.
O Administrador de redes bloqueou o acesso dos alunos ao Orkut.
Bush invadiu o Iraque, baseando-se em justificativas infundadas.

[editar] Predicado Nominal
Possui por núcleo um sintagma nominal (substantivo ou, normalmente, adjetivo), denominado, sintaticamente, de predicativo do sujeito. Integra esse termo da oração um verbo de ligação, também chamado de verbo não-significativo (uma vez que não expressa ação) ou de verbo relacional.

O acesso à internet banda larga está cada vez mais ao alcance da classe média urbana..
Franco-Dousha é o mais novo fórum lingüístico da atualidade.
Estou com uma vontade louca de comer chocolate!.

[editar] Predicado Verbo-Nominal / Predicado Verbonominal
Este encerra em si mesmo uma união de predicados. Apresenta um verbo significativo (núcleo do predicado verbal) e um predicativo (núcleo do predicado nominal). Portanto, são dois núcleos.

Alegre, ela entrou na sala.
João abaixou os olhos pensativo.
Considero inexeqüível o projeto exposto.
Assim como o sujeito, o predicado é um segmento extraído da estrutura interna das orações sendo, por isso, fruto de uma análise sintática. Isso implica dizer que a noção de predicado só se mostra importante para a caracterização das palavras em termos sintáticos.

Nesse sentido, o predicado revela-se, sintaticamente, o segmento lingüístico onde se estabelece a concordância verbal com outro termo essencial da oração – o sujeito. Não se trata, portanto, de definir o predicado como "aquilo que se diz do sujeito" como o faz gramática tradicional, mas, sim, estabelecer a importância do fenômeno da concordância entre esses dois termos oracionais.

Imperioso frisar, ainda que, na realidade, somente o predicado constitui-se, verdadeiramente, um termo essencial da oração, uma vez que não há oração que não o possua, o mesmo não se pode afirmar quanto ao sujeito que, embora seja classificado pela NGB (Nomenclatura Gramatical Brasileira) como termo essencial, de fato não o é; prova disso é a existência da Oração sem Sujeito (OSS) constituída apenas de predicado.

Obtido em "http://pt.wikipedia.org/wiki/Termos_essenciais_da_ora%C3%A7%C3%A3o#Sujeito"

Boas vindas

Espero que voce aproveite ess e tempo para se aprimorar mais tanto na leitura, escrita como nos fatos mais atuais

Quem sou eu

rio de janeiro, riode janeiro
Professor que se interessa sobre os processos de como estudar do aluno