Passado de história e desenvolvimento vira poeira e dá lugar ao consumo imediato
► As instalações da antiga Companhia União Manufatora de Tecidos (CUMT) e da Braspérola - galpões, prédio principal e chaminé - no bairro Corte Oito, em Duque de Caxias, serão agora apenas lembrança para moradores da cidade. No local, onde será erguido um grande shopping, não há nenhuma placa de autorização da demolição, seja da Secretaria Municipal de Obras ou do Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura (CREA), com os nomes dos profissionais responsáveis. Ou seja: a obra é irregular e contraria a legislação em vigor. A demolição, iniciada na semana passada, está acelerada e provocou a indignação de artistas, intelectuais e lideranças da cidade, que desejavam ver o local preservado e transformado em pólo de arte e de cultura, como chegou a ser anunciado pelas autoridades da área cultural do Município no ano passado. Cogitou-se também de o local sediar um batalhão de polícia, um cemitério vertical e, por último, um templo da Igreja Universal do Reino de Deus, esta, segundo fontes não oficiais, a verdadeira proprietária da área de mais de 100 mil metros quadrados.
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